Plano Estratégico de Cooperação em Saúde revelou-se inovador e eficaz

A VII Reunião de Ministros da Saúde da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) decorre a 15 de abril de 2025, em São Tomé e Príncipe, sob o lema “Promovendo a Saúde Integral e Sustentável na CPLP. Estratégias Inovadoras para Todas as gerações”.

O Secretário Executivo da CPLP foi representado pelo Diretor de Cooperação do Secretariado Executivo, Manuel Clarote Lapão, que interveio na sessão de abertura, que contou ainda com a intervenções da Ministra da Saúde de Angola, Sílvia Lutucuta, enquanto representante da presidência cessante da CPLP, e do Ministro da Saúde e Desporto de São Tomé e Príncipe, Celso Vaz Matos, em representação da presidência em exercício da organização internacional.

Num contexto desafiante, é “fundamental mantermos viva a esperança, o pensamento crítico e a convicção de que todos podemos ser agentes de mudança. Talvez seja por isso que a abordagem definida pela CPLP em 2009, com a aprovação do seu Plano Estratégico de Cooperação em Saúde (PECS-CPLP), se tenha revelado tão inovadora e eficaz”, afirmou o Diretor de Cooperação da CPLP, Manuel Clarote Lapão, na alocução proferida na sessão de abertura.

Essa “estratégia, centrada na capacitação e formação de recursos humanos em saúde, continua a ser uma prioridade inadiável para a nossa Comunidade. Os avanços na implementação do PECS-CPLP e os resultados positivos do Plano de Ação 2022-2024 são motivo de encorajamento e refletem o bom trabalho desenvolvido até aqui”, avalia Manuel Clarote Lapão.

Para “adotar decisões relevantes que impulsionem ainda mais os resultados já alcançados”, salientou o Diretor de Cooperação da CPLP, “todos reconhecerão que são necessários esforços adicionais, sobretudo na mobilização de novos recursos — sejam financeiros ou de outra natureza —, pois sem esses ativos, a cooperação que desejamos continuará limitada”.

“Esperamos que, com o empenho conjunto dos Estados-Membros, das entidades assessoras, dos observadores consultivos, dos observadores associados e do Secretariado Executivo, possamos alcançar novos e promissores desenvolvimentos”, reforçou Manuel Clarote Lapão.

Na intervenção proferida, o Diretor de Cooperação do Secretariado Executivo da CPLP recordou ainda que, ”na última Reunião Ordinária, realizada em março de 2022, em Luanda, já reconhecíamos que o contexto então vivido era particularmente adverso à plena concretização das deliberações da CPLP no setor da saúde”.

Se o “cenário de 2022 era desafiante, o atual é ainda mais incerto, pois os paradigmas e referências que tomávamos como garantidos são constantemente postos à prova”, observou Manuel Clarote Lapão, afirmando que “é precisamente nestes tempos de desafios globais sem precedentes que a nossa responsabilidade coletiva de garantir a dignidade e os direitos fundamentais de todas as pessoas se torna mais urgente do que nunca”.

A CPLP, no setor da saúde, “pauta-se por uma visão baseada em princípios universais inegociáveis, que se alicerçam na equidade como valor orientador, e não como mero ideal”, refere o Diretor de Cooperação, sublinhando que na CPLP se ambiciona “um futuro em que o fortalecimento da ação política e diplomática em saúde se constrói com base no trabalho em rede, na interdisciplinaridade, na atuação conjunta de múltiplos atores e em diversos níveis, promovendo parcerias sólidas e partilhando lições aprendidas que valorizem as vozes das nossas populações e nos inspirem a todos”.

Num mundo cada vez mais interdependente, “torna-se essencial construir sinergias entre a CPLP e os seus parceiros de desenvolvimento, baseadas em benefício mútuo, partilha de recursos e diálogo contínuo”, ressaltou Manuel Clarote Lapão, adiantando que “isso só será alcançado através de mais coordenação e mais cooperação”.